Eu costumava tirar notas altas na maioria das provas durante as minhas épocas de colégio e faculdade.📚 Eu imaginava antes que isso fosse motivado especialmente por uma natureza extremamente competitiva que me impulsionava naqueles tempos.⚔️ Mas havia um outro aspecto que, até há pouco tempo, eu não tinha notado, mas que acho que também teve papel preponderante em me ajudar a ter notas elevadas na maioria das provas que fazia.
Eu costumava estudar em pé, por vezes andando, muitas vezes gesticulando, outras vezes repetindo o conteúdo em voz alta e procurando expor em discursos as matérias estudadas para plateias reais ou imaginárias, como se eu mesmo estivesse ensinando o que estava estudando a alguém real ou imaginário. Fazia isso meio que intuitivamente. Eu simplesmente não conseguia ficar sentado parado lendo em voz baixa. Eu meio que "encenava" aquilo que eu estudava através de gestos, da voz ou de "palestras" reais ou imaginárias. 🗣
Recentemente, eu também descobri que Aristóteles, o grande filósofo da Antiguidade, costumava caminhar enquanto discutia com outros filósofos ou ensinava a seus alunos, os assim chamados "andarilhos" do Liceu ou escola peripatética (do grego, caminhante ou itinerante).
Eu estou fazendo este relato não exatamente para expor uma técnica mirabolante infalível de estudos para o ENEM ou para o vestibular ou para concursos públicos. Eu citei estes exemplos para introduzir o conceito talvez mais vanguardista atualmente em voga em discussão em neurociência de ponta. Este conceito sugere a possibilidade de que o Sistema Neurológico tenha evoluído nos seres vivos com a função específica de dar suporte à realização de "movimentos complexos". Em outras palavras, os neurônios do nosso corpo todo teriam a função primordial para a ação, para a atitude, para o fazer, para o realizar. Assim, se esta teoria for correta, temos uma implicação óbvia: pensar e fazer seriam duas coisas inseparáveis, como duas faces de uma mesma moeda.
Dessa forma, se eu penso mas não faço, eu sofro. Assim como, se eu faço mas não penso, eu também sofro.🤔
Leonardo Lourenço
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